" Se a beleza está nos olhos de quem vê," que vejamos o belo que há em nós!

Se “a beleza está nos olhos de quem vê”, que vejamos o belo que há em nós!

Desde muito pequenos somos vistos pelo olhar do outro, crescemos ouvindo as pessoas falarem sobre nós e, ao longo do tempo, construímos uma imagem a nosso respeito, moldada aos padrões culturais que a nossa sociedade impõe. Padrões de beleza determinantes que interferem, sobretudo, na autoestima de muitas mulheres.

Ao longo da História sempre existiu a moda e conceitos de beleza. Por exemplo, na década de 50 e 60, no mundo ocidental, a beleza se destacava num corpo definido e com mais curvas. O uso do espartilho modelava e produzia a cintura desejada, perucas e cabelos encaracolados eram símbolos de ostentação. Nos anos 80, o padrão de beleza feminino exaltava mulheres magras, seios fartos e quadris largos, a maquiagem era extravagante e os cabelos eram volumosos. Atualmente, procedimentos estéticos ganham força em busca de um corpo ideal, dos corpos de “modelo”, extremamente magros, aos corpos malhados. Os padrões fazem com que a pessoa se sinta incluída ou excluída, uma vez que somos seres sociais, com a necessidade de sermos olhados e aceitos.

Percebe-se que, para caber dentro de um ideal, tanto mulheres magras, quanto mulheres gordas sofrem: ambas estão à procura de um corpo que não lhes pertence. A despersonalização do corpo causa danos à autoestima, porque, para muito além de uma imagem externa, esse sentimento é construído de dentro para fora, visto que os valores pessoais e características próprias são essenciais para o AUTOAMOR.

Querer estar melhor e mais bonita faz parte do crescimento e da valorização do EU, desde que busca por auto aceitação esteja alinhada a essa caminhada, esforçar-se demais para ser vista e aceita traz um sentimento de inadequação que se reflete em todas as áreas da vida.

Que possamos ver o belo que há em nós através do autoconhecimento e do amor-próprio!

Raquel Teixeira Rodrigues

Psicóloga Clínica

@psicologa.raquelteixeira