O caminho se faz caminhando
O caminho não está pronto: ele surge a cada passo. Enquanto o fazemos, também somos feitos por ele, numa troca viva entre nós e o mundo.

O caminho não está pronto antes de ser vivido, ele se constrói na medida em que damos passos. E, ao mesmo tempo, esses passos nos constroem. Cada escolha, cada encontro, cada desvio inesperado vai deixando marcas que nos transformam. O viver não é uma trilha previamente desenhada, mas uma experiência contínua de criação e recriação, em que o presente é sempre um lugar de possibilidades abertas.
Na Gestalt, entendemos que não somos apenas sujeitos caminhando em um mundo já dado: somos afetados por esse mundo e o afetamos de volta. O caminho e o caminhante se criam juntos, num movimento vivo de trocas e descobertas. Assim, cada gesto, cada decisão, cada silêncio e cada palavra não apenas delineiam o cenário da nossa vida, como também revelam quem estamos nos tornando.
Viver, então, não se reduz a chegar a um destino final, mas a estar presente ao que o trajeto nos revela. É no contato com o inesperado, com o diferente, com o que nos desafia ou nos acolhe, que vamos nos reconhecendo e nos ampliando. A vida, nesse sentido, não é apenas sobre conquistar metas ou cumprir etapas, mas sobre permitir que o encontro com o mundo nos transforme e que, nesse encontro, possamos também deixar a nossa marca.
O caminho é, ao mesmo tempo, o chão que se forma sob os pés e a travessia que nos convoca a continuar. E é nesse entrelaçamento, entre o que nos acontece e o que fazemos acontecer, que a existência se torna viva, pulsante e única.
