Sua emoção precisa ser escutada, não combatida.

Sua emoção precisa ser escutada, não combatida.

As emoções não surgem para atrapalhar, mas para comunicar algo essencial. Elas são a linguagem viva do corpo e da alma, tentando dizer o que ainda não foi posto em palavras. O medo protege, a raiva mostra limites, a tristeza pede pausa, a alegria convida ao encontro. Cada uma carrega uma função vital, um chamado à consciência. O problema é que, muitas vezes, fomos ensinados a calar o que sentimos, a engolir o choro, disfarçar o medo, conter a raiva e esconder a tristeza. Aprendemos a parecer bem, mesmo quando algo dentro de nós grita por atenção.

Mas o que é silenciado não desaparece. Ele se transforma. O que não é expresso encontra outras formas de se manifestar: no corpo, no cansaço, na insônia, na irritação, na ansiedade. O corpo fala quando a alma é impedida de falar. E quando a emoção transborda, como na ansiedade, não é sinal de fraqueza. É o corpo dizendo “tem coisa demais aqui dentro”. É o organismo tentando se reorganizar, buscando um novo equilíbrio diante de algo que o ultrapassa.

Em vez de lutar contra, o convite é respirar e escutar. Deixar que a emoção exista, dar espaço para ela se mostrar, mesmo que por um instante. Escutar com presença o que está vivo ali, o medo que quer proteção, a raiva que quer respeito, a tristeza que quer acolhimento, a alegria que quer ser compartilhada. Quando a emoção é acolhida com consciência, ela encontra repouso.

Sentir é um ato de coragem. É permitir-se estar inteiro na própria experiência, sem se esconder de si. Não se trata de eliminar o que sente, mas de aprender a se relacionar com o que sente, com curiosidade, com gentileza e com verdade. Porque toda emoção tem algo a dizer, e quando você escuta, ela se acalma. É nesse espaço de escuta que nasce o autoconhecimento, a presença e a possibilidade de viver de forma mais leve e autêntica.