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Autoconhecimento

Sublimação: a clínica no litoral ético e estético

Artigo escrito e apresentado no evento internacional sobre o Mal Estar no Século XXI da UFF e UFRJ em junho de 2024. Nele evidencio pela sublimação o caráter ético e estético da clínica psicanalítica.

JLAJosé Lucas Arantes Bueno
9min
10/12/2025
Sublimação: a clínica no litoral ético e estético

Em seu “Rascunho L”, Freud define a sublimação enquanto um mecanismo de defesa histérico caracterizado pela ficcionalização das lembranças e pelo embelezamento da memória traumática. Sendo assim um destino pulsional que inclui a mudança da meta, mudança do objeto e a presença da criação de valor social, essa seria aqui a definição mais completa do termo na obra freudiana. É dessa maneira que em Freud já é possível observar a relevância do conceito no que este diz como a sublimação acaba por ser um dos pilares civilizatórios, pois ao dessexualizar as pulsões agressivas alterando sua meta e objeto a questões nobres, como as pesquisas científicas e as artes, promove prazer aos sujeitos enquanto consegue concomitantemente preservar a cultura. Ideia que segue na obra freudiana até o fim.

Há dois destinos pulsionais que acabam por sempre se destacar no cânone psicanalítico: o recalque e a sublimação. Por vezes Freud não os separa completamente, mas em geral esses dois conceitos são postos em oposição, tendo em vista de que, onde há sublimação, não há presença do recalque. Em termos lacanianos, o recalque funciona de maneira a não entrar em contato com o vazio constitutivo, enquanto na sublimação essa relação se torna a de uma alusão a partir de um objeto comum, de uma criação. Assim, na sublimação, não haveria tampouco a formação sintomática, motivo pelo qual Freud a colocou como “O destino mais importante que uma pulsão pode experimentar”, já que se não há um recalcado, muito menos há um retorno desse. Sendo assim, no ato sublimatório há a satisfação pulsional, mas sem a incidência do sintoma neurótico.

Isso posto, em Lacan a sublimação ganha uma atenção um pouco mais especial, não à toa ele a situa pela primeira vez dentro de seu sétimo seminário, a ética da psicanálise onde ele vem a definir a sublimação em um rápido aforismo: a sublimação eleva o objeto à dignidade da Coisa. 

Das Ding, a Coisa, nesse sentido é por definição um furo, um vazio de onde escapa o que chamamos de objeto a, o objeto causa de desejo. Esse objeto de sua completude é mítico ao nível de que é inapreensível a nós, de que nenhum objeto comum poderia preencher esse lugar, mas justamente por isso coloca o sujeito em movimento, das Ding por tanto em sua presente ausência daria as coordenadas do desejo. Por isso que aqui Lacan o situa enquanto a ética desse real, enquanto a ética do desejo, evidenciando primeiramente a plasticidade pulsional, no que o desejo é sempre singular a estrutura de cada sujeito, mas também como a sublimação se faz paralela a ética da psicanálise, a ética do desejo. A sublimação dessa forma sustenta o vazio, permitindo que esse real inapreensível ganhe forma no ato criativo. 

Esse mesmo funcionamento da sublimação, justamente por uma ética do desejo, é o destino que uma análise deve adotar. O contato com o real da Coisa que, em um ato criativo, pode ser obter a elaboração de um saber novo do sintoma, um saber-fazer-aí em sua fantasia. Mas o que seria então a fantasia? Como se dá sua entrada nela? Ela, propriamente falando, é aquilo que nos é outorgado pelo grande Outro para que possamos fazer face ao real, a realidade objetiva, sendo o efeito mais imediato da ação do recalque originário no que lhe ocorre a castração simbólica. A fantasia, portanto, tem por sua função ocultar o inconsciente, ocultar esse real como um véu, como o véu da realidade, ela realiza sutura nesses sujeitos barrados, sujeitos divididos simbolicamente. 

Por isso que em análise busca-se o que chamamos de travessia da fantasia, mas não para nos desfazermos dela, o que seria impossível, e sim para que se avise o sujeito de sua presença, para que esse esteja ciente de sua própria divisão, de seu próprio vazio. Segundo Coutinho, a fantasia é assim essa prisão domiciliar a qual estamos fadados a sempre retornar, já que o sujeito nunca se cura de sua divisão, nem seria esse o nosso objetivo.

É nesse mesmo princípio do ato sublimatório, de conseguir articular a divisão do sujeito sem prescindir do vazio encontrado aí que ela se vincula ao termo do Unheimlich, de tudo aquilo que deveria permanecer oculto, mas que vem à tona. Esse é o caráter pelo qual Freud define um interesse particular dos psicanalistas pelo domínio da estética, o do infamiliar, considerando aqui a estética não como a doutrina do belo, mas sim das qualidades do nosso sentir, das qualidades do sensível aos sujeitos. 

E é nesses termos que, apesar de ter sido Freud quem vem a definir do que se trata a disciplina da estética, é em Adorno e seu debate sobre a Teoria Estética de 1970 a inspiração da ideia geral desse trabalho: como nos mesmos princípios de um saber fazer, a construção da fantasia pode ser colocada enquanto uma realização de uma obra de arte, enquanto uma criação artística ex-tima do sujeito castrado. Aquela que articularia o RSI, real, simbólico e imaginário, de maneira a dar unidade ao sujeito sem que se descarte também a falta de sentido, podendo assim ser o suporte do desejo na medida em que promove a relação com seu objeto. E consequentemente, como a estética poderia auxiliar nesse pensar da primazia da fantasia.

Adorno, em seu ensaio sobre a estética reflete sobre a sociedade contemporânea a luz do que ele chamava na época de indústria cultural, encontrando assim na arte esse potencial transgressor capaz de libertar os sujeitos. Para tanto, na teoria estética ele vem a constituir sim uma reflexão sobre a arte moderna, em sua situação e função na época frente a sociedade capitalista, mas sempre pensando também no impacto subjetivo que ela pode acometer a esses sujeitos. Para tanto, ele vem a abordar a questão do sublime em Hegel e Kant, se debruçando principalmente nos conceitos de “belo natural” e “belo artístico”, discorrendo sobre a objetivação e reificação que o modo de produção e reprodução capitalística que incide sobre os sujeitos, na mesma ceada que Marx ao situar as bases da expropriação e alienação da vida pelo capital: o capitalismo personifica as coisas e coisifica as pessoas.

O belo natural é aquele que é encontrado redundantemente na natureza, no encontro de felicidade do sujeito com a natureza, e que nas palavras adornianas: Quanto menos esta experiência se pode fazer serenamente, tanto mais a arte se torna sua condição. Entretanto, é importante destacar que apesar dessa relação, a arte não é dessa forma a natureza, mas sim que ela quer manter esse encontro que a natureza promete e que principalmente, ela só o consegue justamente realizar isso ao quebrar essa promessa em uma retirada para si, para esse afastamento. A arte aqui é lida como uma indigência a esse belo natural, ela deforma esse íntimo. Demonstrando aqui e em outros trechos como a experiência estética não deve jamais prescindir da contradição, da divisão, do infamiliar, do que nos traz angústia.

A obra de arte portanto tanto se identifica a pessoa quanto outrora ela própria deveria ser a natureza. É particularmente interessante um trecho em que o Adorno se refere ao ato da análise, dizendo que dessa maneira dialética, toda análise desemboca em um belo, tal como deveria aparecer a percepção não-consciente e esquecida de si, como dessa forma ela descreve subjetivamente o que na obra de arte se coloca de maneira objetiva. Sendo assim o belo natural aquele que aponta para o primado da experiência subjetiva, um objeto percebido como compulsivamente obrigatório e como incompreensível, que espera desse modo interrogativamente a sua resolução. Eu fico me indagando, ao ler essas falas, da sua similaridade assim com o que chamamos do objeto a, aquele também inapreensível e que se mantém a repetir nas relações.

A arte é, portanto, para Adorno, em vez da imitação da natureza, uma imitação desse objeto belo natural. Toda essa similitude acaba por aparecer também quando esse a compara em sua afinidade com os sonhos, dizendo como esse momento subjetivo das obras de arte é mediatizado pelo ser-em-si. Motivo pelo qual o Adorno vem a traçar a arte como inatamente uma inadequação, como aquilo que faz frente ao sistema capitalista e até mesmo ao empirismo e objetivação das ciências “formais”. A arte aqui aparece como um caminho a um reino de liberdade, de singularidade e autenticidade, daquilo que não se submeteu à racionalidade ocidental moralista capitalista. Ela seria assim uma instância crítica por excelência e que possibilita outra experiência que não está da reificação, do racionalismo instrumental. 

Por fim, como situa o Adorno, para que possamos compreender a arte, é preciso a mimesis da obra, é na semelhança consigo mesmo, exigindo assim que o sujeito adapte-se ao seu próprio movimento interno. Leio aqui esse trecho, enquanto o movimento e a forma de suas próprias fantasias, que como o belo natural, é o único lugar da liberdade possível. Essas, portanto, só são interpretáveis pela lei de seu próprio movimento, sendo capazes de retirar os sujeitos do aspecto de submissão às realidades pré determinadas, de emancipar o desejo. De podermos, tal como no sonho, no fantasiar artístico, vivenciar outros tipos de realidades e experiências, de amar, de viver com graça, bem como pude ver essa semana que, para o pensamento grego, arte é tudo aquilo que se faz com graça. Como na fala do psicanalista Michel Silvestre: a sublimação convoca o sujeito a procurar sua singularidade, isto é, criar o objeto único, que na verdade é um objeto que guarda a impossibilidade de uma representação absoluta, restando aos sujeitos apenas a significar sua singularidade na sustentação metonímica do desejo. Por isso podemos dizer que a sublimação é um processo, ou seja, um eterno e incessante recomeço.


JLA
José Lucas Arantes Bueno

Psicólogo - CRP 05/83672

Olá! Meu nome é José Lucas Arantes Bueno, sou psicólogo clínico formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e psi...

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