As (in)verdades que ninguém te contou sobre crescer.
Talvez, ser adulto/a não seja sobre ter todas as respostas, mas sim sobre ter coragem de se escutar, mudar de ideia e — como diria Dory: "continue a nadar... continue a nadar... até achar a solução.

Durante muito tempo, acreditamos que a vida adulta trará todas as respostas — estabilidade, clareza, segurança, um caminho linear. Crescemos com a ideia de que, em algum momento, tudo se encaixará naturalmente, como um quebra-cabeça.
Mas a vida real costuma seguir outros ritmos. Ela se constrói entre escolhas, recomeços e mudanças de direção. Às vezes, o que parecia certeza se transforma; outras, o que chamávamos de desvio se revela parte essencial do caminho.
Com o tempo, aprendemos que amadurecer não é alcançar uma versão “pronta” de si, mas reconhecer que estamos sempre em movimento. Que as perguntas podem ser tão valiosas quanto as respostas.
E que não existe um único modelo de sucesso, plenitude ou estabilidade — existe o que faz sentido para cada um, em cada fase da vida.
A vida adulta, afinal, não é sobre ter todas as peças no lugar, mas sobre permitir-se montar (e desmontar) o que já não cabe mais. É sobre aprender a se escutar, acolher as mudanças e compreender que estar “em construção” não é sinal de fracasso, e sim de vitalidade.
Porque viver é isso: permitir que algumas versões de nós fiquem pelo caminho, para que outras possam nascer.
E, nesse processo, descobrir que a busca por coerência pode ser, na verdade, um exercício de autenticidade.
